SONETO DA ALMA CATIVA


Antes rebelde eu fosse e não cativa
Ao medo de quem pisa no escuro...
Rompendo minha alma, assim, esquiva
Oculta do sentido que eu procuro.

Nunca antes, eu quisera ser assim...
Pois deixado este meu ser escravizado
Tranquei as portas do caminho onde vim
Para não voltar sequer o passo revisado.

Quebrei meu sonho nas paredes do passado
E sequer cogitei vê-lo compensado...
Segui como quem segue ao cadafalso...

Para sufocar toda uma vida de quimera!...
Ah!... Se eu pudesse dar o salto... Quem dera!
Não pisaria, este meu ser, em chão, descalço!