Sombria Lembrança

Tristes noites, em que minh'alma incerta,

Andou errante por desencontradas ruas,

Insinuando-se por entre serpentes nuas,

Em delirante e malfadada festa!

Penoso arrastar por espectral floresta,

Desaguar gelado em fétidas comuas,

Esperar letárgico por sombrias ínsuas,

Espiar perdido por trancafiada fresta!

A cruel lembrança amiúde me molesta,

Com suas estocadas repentinas e cruas,

Vindas lá de suas tenebrosas charruas,

Só me restando a esperança das faluas,

Pra vomitar tanta lembrança ingesta,

E regressar aos meus sóis e minhas luas...

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 02/11/2010
Reeditado em 26/12/2010
Código do texto: T2592005
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