Mangueirais em Dezembro

Nos mangueirais, o doce perfume,

Nas tardes quentes de outro dezembro,

Inebriava, inda hoje me lembro...

Do desejo acendia mais o lume!

Sem ter, de tais anseios, já o costume,

Minh’alma se botava em assombro,

Meu coração, tornava em escombro,

Sem entender teu sôfrego queixume...

Hoje, que carrego outras maneiras,

E a vida me dotou de experiência,

Não sinto mais o aroma das mangueiras,

Nem o mormaço das tardes cálidas,

Que hoje o lume da tua presença,

Nada mais é que uma chama pálida...

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 29/10/2010
Reeditado em 09/02/2011
Código do texto: T2584566
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