Inverno no Mar e no Meu Coração
Hoje o mar é todo cor de prata
e o céu é todo feito de algodão,
frios como a tua alma ingrata
Que deixou vazio meu coração.
No mar não há sinal de canção,
não existe no céu carícia grata,
o vento é cortante qual punição,
tua ingratidão qual cruel chibata.
Digo adeus ao inverno do penar,
ah, inverno gelado do abandono...
Sorverei a primavera, ela me florescerá!
E liberto do torpor de longo sono,
ao iluminado verão irei me lançar,
antes que me desfolhe o vento do outono...