VAZIO
Traga de volta amor, toda a alegria,
Que levaste por pura diversão,
Rindo alto aos quatro ventos, sem noção...
Do estrago que fizeste aquele dia.
Em nome da ilusão de uma alforria,
Nem viste que arrasaste um coração,
Já não há mais prazer, nem emoção,
Nesta alma tão sofrida e tão vazia.
Lembras quantos momentos felizes,
Marcaram a melhor cumplicidade?
Agora é uma tristeza, uma saudade!
Um oco sem tamanho que me invade,
Vem, acabar de vez com minhas crises,
Dessa infelicidade me amenizes.
Luiz Moraes
Grato Angel pela brilhante interação:
ARREPENDIDA
Volto com minh'alma entristecida
Saí um dia em busca de liberdade
Tão afoita, com muita ansiedade
Pensando que lá fora teria guarida
A sonhada alforria que eu buscava
Não passou de ilusória fantasia
Achei prazeres e promessas vazias
Só engano no mundo que eu sonhava
Quantos enganos esta vida nos oferece
Por influências desprezei quem me amava
Nenhum momento pensei em cumplicidade
Perdi valores, deixei quem não me esquece
Deixando opaca nossa vida que brilhava
Fui embora, despresando a felicidade!
Angel Mag
Grato Edir, brilhante interação:
Aqui estou de volta, meu amor!
Em ti jamais pensei abrir ferida,
Mas cá estou humilde e arrependida,
Saudosa de teus beijos, teu calor!
A liberdade agora pouco importa...
É ilusão! É sonho! É quimera!
E voltaria atrás, se assim pudera...
Por te amar retorno à tua porta.
Mas juro que não tive, não, maldade!
São sonhos que se tem na mocidade,
E que depois nos deixam cicatrizes...
Perdoa, por favor, os meus deslizes,
Em nome de outros tempos tão felizes,
Em nome deste amor, desta saudade!
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)