Voar

Chega o Morfeu com toda grandeza,

Para o zen nos transporta embalado,

Nas nuvens brancas de sua destreza,

Do gentil deus do homem acordado.

Se dormindo gentilmente calado,

Esquecido d’uma possível surpresa,

Achando assim, que está amparado

No sono tranqüilo de sua pureza.

Pare e olhando com toda clareza

Sinta-se do tronco desamarrado

Dos cordões de ouro de sua avareza

E quando gentilmente não bajulado,

Entrega para o mundo a sua tristeza

E pede ao Morfeu, só sonhos alados.