TRISTE RAMALHETE
Nas pétalas dum triste ramalhete
Repousa meu lamento inconsolado
Pranteiam pobres letras no bilhete
No qual me declarei ao ser amado
Da luz do teu sorriso nem filete
Abraça o rosto meu sombrio, molhado
Servido agora fui desse banquete
C'o coração demais despedaçado
Feneço sufocado, entristecido
A névoa no horizonte só se adensa
No sal do desengano estou perdido
Saudade me angustia, tão intensa
Lembrança do teu beijo... Que doído!
O louco noutra coisa, amor, não pensa