Clamores e Ardores

Desvendam a nudez do silencio.

As pétalas estremecem ao vento.

Flores sussurram ao sol sombrio

sem véus, num sutil doce lamento.

Um mar de secretos e desejos,

aromas de cios na lua cheia ,

acordam melodias, arpejos

nos solitários grãos de areia.

Fios de luz enrolam nas águas,

Na infinita canção de amores.

Tudo é pequeno entre clamores.

As aves beijam cores, sabores ,

abrem asas entre o céu e terra

no rubro verão de ardores.

27/04/2009

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 27/04/2009
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