CASTELO DE AREIA - Soneto
A criança inocente, junto às águas,
Brinca e ri, sem temer o torvelinho;
E, na areia do mar, traça um caminho,
Cobrindo-o com conchinhas e com tábuas;
E, de areia, constrói o seu castelo,
Protegendo-o com muros e com valas;
Sonhando que, seguro contra as vagas,
Jamais há de provar qualquer flagelo;
Mas, eis que, de repente e impiedosa
No mar, uma onda surge e se levanta
Contra o frágil castelo, e se agiganta
A vaga qual medusa furiosa...
Um castelo de areia devastado...
Assim, o coração que é enganado.
Moses Adam
F.V. 04.04.2009