“OLHOS LACRIMEJADOS”.
         
 
 
A lua fazia chuva de prata
Nas falhas das folhas do cajueiro,
A sua luz refletia na cascata
E as flores exalavam o seu cheiro.
 
Sob a luz de um candeeiro
Num rancho a beira da mata,
Olhando o céu, admirando o cruzeiro;
O velho poeta então relata.
 
Registrava os seus pensares
As suas aventuras nos mares,
E as serenatas do passado.
 
Flores que roubou pra ela um dia
Os recitais de poesias...
Secava os olhos lacrimejados.