Sonhador-mor

O seio pequeno que tenho desejo,

pegá-lo - sedento - parti-lo no meio,

sentir seu eflúvio e cobri-lo de beijo

é o doce dilúvio por quem eu pranteio.

O negro biquinho que penso, que vejo

em sonho - utopia - não dá nem receio!

Eu vou com ternura por entre bocejo

pegá-lo - sedento - parti-lo no meio...

Que triste manhã de um verão caliente...

Foi quando sumiu tudo assim de repente,

que o sino do mundo chamou-me: - Acordar!

Bateu desespero, fiquei tão sentido,

o meu mundo inteiro gritou ofendido:

- Apaguem as luzes, me deixem sonhar!

08/11/2008 12h23

Mênfis Silva

Cairo Pereira
Enviado por Cairo Pereira em 13/04/2009
Reeditado em 07/10/2010
Código do texto: T1537431
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