OUSADIA
Na fortaleza que me acompanha,
Com esta fé que sempre esteve aqui,
Busco não me abater com certa manha,
Voando livre como um colibri.
Inda que a ilusão eu tenha morta,
Num esforço hercúleo audaz eu me levanto,
E se ao erguer-me eu não encontrar a porta,
Mais e mais fico forte e me agiganto.
Para não mais sentir as tristes penas,
Prossigo sem me dar por derrotada,
E sem nenhum receio assim me exponho.
Dormindo vejo-te sem mais dilemas,
Porque tua alma linda e encantada,
Ousada entra e me ocupa o sonho.
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