O Poema conhece-se...

a si próprio, é perfume ,é lágrima .

É a exaustão e a liberdade sentida, é tudo.

O que possuímos e não possuímos nada ,

não a muralha entre os versos e o mundo .

É a carne salgada aflita por dentro .

É um olhar perdido,sonolento na noite ,

procurando cada momento, cada centro ,

nos telhados que deitam e o sono dorme.

É um pesadelo, uma esperança ,uma angústia .

Não tem estrofes, tem corpo, não tem versos ,

tem sangue, grãos de areia ,beijos em sintonia.

Existe para não ser escrito como eu existo ,

onde sou o meu rosto, que não vejo e existe porque,

eu só sei escrever o que sinto, mesmo sem sentido.

03/12/08

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 03/12/2008
Reeditado em 03/12/2008
Código do texto: T1316860