SONETO DO OLHAR (soneto)

Há momentos em que fogem para esconder

Profundos segredos irreveláveis de seu dono.

Medos ou desejos que não devem aparecer.

Sonhos, angústias e pesadelos de tirar o sono.

Singelo primeiro contato infantil com o mundo

Atinge indecifrável segredo da Mona Lisa

Expõe mistérios de nosso inconsciente submundo

Revela-nos, desnudos... E sequer nos avisa...

Levam todo tipo de recado... Qualquer seja seu teor...

Guardam lembranças... Doem frias despedidas... Censura?

É a lascívia expressada que boca cala em recatado pudor.

Se nossos mensageiros pudessem se encontrar

Quanto teria para lhe transmitir... Meu amor e ternura

Queria lhe dizer simplesmente com um meigo olhar.

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 21/11/2008
Reeditado em 21/11/2008
Código do texto: T1295634
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