Soneto da saudade

Depois da noite fria, intenso inverno

Da angústia que deixou tua partida

A saudade sorrateira bateu em retirada

Sem acenar-me o adeus da despedida

E deixo a porta aberta! Oh que loucura

Gozando ainda o frescor da primavera

Eis que entra oh! visita inoportuna

A tristeza que espreitava da janela

Nos braços da saudade carregada

A encher os meus sonhos de esperança

Nunca mais tu voltaste, minha amada

Só tu tristeza ingrata. Vã e depressiva

Bandeira negra da cruel desesperança

Povoas minhas noites mal dormidas

Sebastião Generoso
Enviado por Sebastião Generoso em 07/11/2008
Código do texto: T1271773
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