Soneto da chuva

A chuva bate insistente na janela

Fugindo do vento que a maltrata

Sem encontrar eco em seus anseios

Escorre em lágrimas na vidraça

Assisto ao seu drama indiferente

Não ouvindo seus reclamos, sua voz

E de repente gozo embevecido

Como se fosse eu o seu algóz

Por natural tem o ser humano

Como a expiar os seus pecados

Transferir os seus erros e enganos

Assim pagaste , chuva inocente

A dor, o desencanto, o desvario...

Toda angústia que o poeta sente

Sebastião Generoso
Enviado por Sebastião Generoso em 07/11/2008
Código do texto: T1271758
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