OS CACOS
Os cacos que restaram desse amor
Moldado com carinho e com afeto
Aqui vou eu juntando o que sobrou.
Do teu amor que imaginei tão predileto...
Os cacos, se colados já nem dão
A forma e o tamanho da paixão,
Que há tempos alimentava meu querer.
Se tristeza não mata: Pra que morrer?
Mudastes como mudam as estações.
Apenas esse inverno que hoje sou
Congela meu sentimento e minha dor.
É uma só, agora, a direção...
Só reta, não existe mais contorno...
Um dia quem sabe, teu desengano...
JRPALÁCIO