Enganos e Tormentos

Assim penso, assim me sei , assim me engano,

Disfarço os rumos das mãos,das poesias dispersas.

Sou covarde, frágil é o pulsar do coração humano,

Oro e padeço inconfessas rimas inversas,perversas.

Encontrarei o ardor nas chamas das labaredas ,

Desacreditados sonhos, a alma queimei ,

Perdida como não sentisse ainda no peito as sedas ,

As fronhas, as fantasias que nelas um dia amei.

Sem achar mais qualquer sentido ,

Clamo, não gemo; avanço, não rastejo,

De olhos enxutos, sigo meu triste destino.

A hora de ser feliz passou , foi adiada .

Sou condenada, disso estou convencida,

Não chegará nunca, só se houver outra vida.

7/09/08

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 07/09/2008
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