Enganos e Tormentos
Assim penso, assim me sei , assim me engano,
Disfarço os rumos das mãos,das poesias dispersas.
Sou covarde, frágil é o pulsar do coração humano,
Oro e padeço inconfessas rimas inversas,perversas.
Encontrarei o ardor nas chamas das labaredas ,
Desacreditados sonhos, a alma queimei ,
Perdida como não sentisse ainda no peito as sedas ,
As fronhas, as fantasias que nelas um dia amei.
Sem achar mais qualquer sentido ,
Clamo, não gemo; avanço, não rastejo,
De olhos enxutos, sigo meu triste destino.
A hora de ser feliz passou , foi adiada .
Sou condenada, disso estou convencida,
Não chegará nunca, só se houver outra vida.
7/09/08