FIM.

Ele segue sem rumo, desnorteado!...
Perdido no tempo ainda é criança
Na memória há a menina de trança!...
Na condição de réu, fica calado.

O poeta morreu desesperado...
Deixou - de vez - uma eterna aliança;
Foram-se os sonhos e as esperanças;
Tudo ficou no arquivo do passado.

Um dia chegou com jeito de gana!
Pensou que seu mundo era só chama;
Quis abrir os arquivos da memória...

A vida mostra os desenganos,
Tudo se perde ao corroer dos seus anos,
A morte do poeta marca a história!...



Ribeirão Preto, 16 de fevereiro de 2004,
23h04 min.