A saudade naufragada...

Estas lembranças que se contorcem e nivelam,

que acendem e apagam, num ritmo alucinado,

fazem-me pensar, sim, que elas só se revelam,

porque eu vivia, ainda, no longínquo passado...

Aquele passado do início, quando era o presente,

e se manifestava no tocar com muito carinho...

para descobrir se é verdade o que aí se sente,

e se o mar calmo nunca teria um redemoinho...

Mas quando o céu azul, tornou-se escurecido,

e os raios e relâmpagos chegaram à profundeza,

o mar criou ondas fortes que me submergiram...

E a saudade naufragou com o Amor perdido,

deixando, da Liberdade, a verdadeira Beleza,

pois as amarras do sofrer, ao final, se partiram...

Barcelona, janeiro de 2007

Jurema Harder
Enviado por Jurema Harder em 27/07/2008
Reeditado em 13/10/2012
Código do texto: T1099557
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