A Casa que a Fome mora. (versão Pós-pandêmica 2022)

"A Casa que a fome mora" é uma livre adaptação do cordel de mesmo nome,uma versão pós pandemica do texto "A fome que nos move" uma crítica social que nos alertam sobre os dias difíceis que vivemos onde reflexos do passado, trazem a tona as veias abertas da nossa sociedade. A trindade da desigualdade formada por ganância, riqueza, e miséria, é o fio condutor do enredo, que nos apresenta a fome e onde ela se encontra. A verdadeira casa que a fome mora, diferente do que se pensa no senso comum, a fome do cordel, nas palavras de Antônio Francisco não se encontra nos barracos das periferias urbanas, ou nos confins do sertão, o que vemos nesses locais é o seu rastro de devastação, pois ela se encontra protegida e refestelada em cima da miséria dos mais pobres, rodeada de grandes fortunas, e de marajás mal intencionados, disposto a lucrar com a miséria da população. o texto uma homenagem, ao poeta cordelista, mossoroense Antônio Francisco. Um dos maiores expoentes da cultura cordelista do nosso país atualmente, ocupando a cadeira que já foi de Patativa do Assaré, na academia brasileira da literatura de cordel, os seus versos que guiam a narrativa, demonstram e nos conscientizam da verdadeira face da fome, e como perecemos ao seu poder. Na República federativa da Elite, a barbárie é o prato principal, ninguém é feliz faminto. Vida longa arte e a cultura popular. Fora sultões, fora marajás e fora Bolsonaro! Uma boa leitura a todes.