ALINHAVOS

À linha podre o pano não segura
cheios de remendos está o rasgão
são os retalhos soltos pelo chão
como se fosse moléstia sem cura.


A vida desgastada o amor não dura
nem sonhos, nem ilusões lhes darão
À linha podre o pano não segura
cheios de remendos está o rasgão


À elegância nas vestes da figura
ninguém da alma enxerga  rasgões
soberba tão distinta  até procura
romper os inconstantes corações
A linha podre o pano não segura


(Inspirado no rondel - Pontas Soltas - Poeta Kid verso)

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DE FARRAPOS NÃO SE FAZ COLCHA ALGUMA

De farrapos não se faz colcha alguma
E certamente a costura é ineficiente
Juntando trapos falhamos a ineficiência
E no caráter podemos ser luz  eminente

Nossos trajes não designam ser mais um
Transeunte  de comportamento delinquente
De farrapos não se faz colcha alguma
E certamente a costura é ineficiente

Nossa conduta que nos faz ser  reluzente
Está carne somente ao espírito incrusta
Somos de Deus uma fração 
remanescente
Nas luxúrias as castrações se avolumam
De farrapos não se faz colcha
algu​​​​​​ma

Poeta Miguel Jaco

(Grata por sua carinhosa interação, Miguel!)

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EU TENTEI

Eu tentei bem que tentei
remendar meu coração
Por que muito eu chorei
sonhos mortos, ilusão

Implorar por seu perdão
é inútil, eu bem sei
Eu tentei, bem que tentei
remendar meu coração

Muitas lágrimas derramei
dias e noites, mas em vão
orgulho sacrifiquei,
porém tu disseste, não!
Eu tentei, bem que tentei

Poeta HLUNA

(Grata, por sua carinhosa interação, Helena!)

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* Ainda ausente do Recanto das Letras
SanCardoso
Enviado por SanCardoso em 15/09/2017
Reeditado em 01/06/2019
Código do texto: T6115169
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