BRUMA

Andando noite a dentro tão sozinho,
não sei o que procuro em meio à bruma,
talvez o cantar de um passarinho...
Quem sabe procuro coisa nenhuma.

As nuvens passam céleres, uma a uma,
vislumbro a imensidão num torvelinho.
Andando noite a dentro tão sozinho,
não sei o que procuro em meio à bruma.

Quisera pode ser um adivinho,
porém, parece que tudo se esfuma,
eu mal consigo achar o meu caminho,
o que enxergo é névoa e espuma.
Andando noite a dentro tão sozinho...