Esperança






Esperança ...


E,na ventura,dominava-me,assim, a tristeza...
Restando-me nas mãos poeira d’esperança,
Deixar que a brisa a levasse,cruel incerteza.
Ou imolar ave de meu Ser,maldade de criança?


Ai!Que,irônica a vida em estranha dança,
Conduzia-me,lacônica,a negra profundeza.
E,na ventura,dominava-me ,assim,a tristeza...
Restando nas mãos poeira d’esperança.

Sabia ser a derradeira chance,um mero fio,
Quando forte ventania varreu toda quimera!
Ah!Que abriram rubras flores,ainda no estio.
Cantou a cotovia,para alegrar-me,bem quisera.
E,na ventura,dominava-me,assim, a tristeza...