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A INTANGÍVEL TERNURA
 


Raro manter-se o lume da ternura,
tão intangível... Falo só por mim,
que desço fundo ao imo da brandura,
mas, lá nas contas, inda sou ruim.
 


Somente nos vestimos da tintura,
e vai o mundo em desamor sem fim.
Raro manter-se o lume da ternura,
tão intangível... Falo só por mim.
 


Dos males todos não serei a cura,
tampouco vou ser anjo, um serafim;
pois vença a boa ética, a postura.
Hoje, de meu, só sei cantar assim:
raro manter-se o lume da ternura.

 

Fort., 14/10/2012.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 14/10/2012
Reeditado em 14/10/2012
Código do texto: T3931877
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