COMO CAVALGAR UM DRAGÃO - resenha
O corre-corre das pessoas é uma cegueira. Permanece sempre, em cada um de nós, a constante sensação de que a vida está se esvaindo rapidamente.
São informações vindas de todos os lados. Estamos numa guerra diária e, ao invés de lutarmos para enxergar pelo lado de fora, fazemos exatamente o contrário: nosso foco se firma em acompanhar esse frenético movimento envolto, ao mesmo tempo em que estamos vivendo relíquias, usufruindo momentos, compartilhando singularidades. O terrível é que não notamos o quão é valioso cada segundo desses fragmentos que colhemos no viver.
Quando uma amiga que consideram muito especial em suas vidas, de repente deixa de existir. Sim, morre na flor da idade; diz adeus ao mundo. Dois meses depois de sua morte, cinco amigos se reúnem no apartamento dela para repartirem os pertences da mesma entre si e, desvendarem “Como cavalgar um dragão”.
A divisão dos bens é recheada de momentos ímpares, os quais guardarão para sempre em seus corações, pois persiste a impossibilidade de reviverem tudo outra vez. Um baú é aberto e um turbilhão de achados, são reencontrados e revividos em intensidade profunda. Os atores trazem alegrias e tristezas. Ascendem culpas, palavras que não foram ditas; abraços e beijos recusados. Notam a falta de percepção capaz de decifrar uma tragédia que se anunciava num pedido de socorro oculto através de gestos e atitudes simples. É quando os atores deixam palavras marcantes pularem para foram e causarem neles e na platéia lágrimas mediante a verdade exposta a olho nu...
A vida não é tanto. A vida são pedacinhos de vivências os quais podem acabar a qualquer instante...
O texto imensamente contemporâneo nos convida a refletir para o que de mais real e valioso está ao nosso redor. Afirmando claramente o quão somos perecíveis diante a um mundo extremamente absurdo o qual não conseguimos entendê-lo, mas que conseguimos sentir algo bonito, profundo e verdadeiro em nossos corações...
Valdon Nez é autor dos livros:
Contos: “Rascunhos existenciais”
Poesias: “A metamorfose humana”
18/setembro/2011
O corre-corre das pessoas é uma cegueira. Permanece sempre, em cada um de nós, a constante sensação de que a vida está se esvaindo rapidamente.
São informações vindas de todos os lados. Estamos numa guerra diária e, ao invés de lutarmos para enxergar pelo lado de fora, fazemos exatamente o contrário: nosso foco se firma em acompanhar esse frenético movimento envolto, ao mesmo tempo em que estamos vivendo relíquias, usufruindo momentos, compartilhando singularidades. O terrível é que não notamos o quão é valioso cada segundo desses fragmentos que colhemos no viver.
Quando uma amiga que consideram muito especial em suas vidas, de repente deixa de existir. Sim, morre na flor da idade; diz adeus ao mundo. Dois meses depois de sua morte, cinco amigos se reúnem no apartamento dela para repartirem os pertences da mesma entre si e, desvendarem “Como cavalgar um dragão”.
A divisão dos bens é recheada de momentos ímpares, os quais guardarão para sempre em seus corações, pois persiste a impossibilidade de reviverem tudo outra vez. Um baú é aberto e um turbilhão de achados, são reencontrados e revividos em intensidade profunda. Os atores trazem alegrias e tristezas. Ascendem culpas, palavras que não foram ditas; abraços e beijos recusados. Notam a falta de percepção capaz de decifrar uma tragédia que se anunciava num pedido de socorro oculto através de gestos e atitudes simples. É quando os atores deixam palavras marcantes pularem para foram e causarem neles e na platéia lágrimas mediante a verdade exposta a olho nu...
A vida não é tanto. A vida são pedacinhos de vivências os quais podem acabar a qualquer instante...
O texto imensamente contemporâneo nos convida a refletir para o que de mais real e valioso está ao nosso redor. Afirmando claramente o quão somos perecíveis diante a um mundo extremamente absurdo o qual não conseguimos entendê-lo, mas que conseguimos sentir algo bonito, profundo e verdadeiro em nossos corações...
Valdon Nez é autor dos livros:
Contos: “Rascunhos existenciais”
Poesias: “A metamorfose humana”
18/setembro/2011