Fúria

Salman Rushdie, nasceu em Bombain, em 19 de junho de 1947, cresceu em Mumbai e estudou na Inglaterra, onde se formou no king’s College. Seu livro de maior impacto foi “Versos Satânicos”, livro esse que foi editado em 1989, através do qual, despertou a ira do Aiatolá Khomeini, que por longos nove anos ordenou a sua execução, e devido a esse motivo teve que viver exilado.
Esse romance conta a história do professor de história Malik Solanka, que aos cinquenta e cinco anos de idade, encerra sua carreira acadêmica em Cambrigde e volta a dedicar ao seu antigo hobby: a confecção de bonecos de madeira. Uma de suas criações, a destacadíssima little Brain, que acaba de virar celebridade.
Solanka, porém, perde o controle sobre sua criatura, que nas mãos dos executivos da indústria de entretenimentos, Little Brain torna-se indiscutivelmente bem-sucedida, traindo as convicções intelectuais e éticas do seu criador. Dominado pela culpa e pela raiva, o professor abandona a família m Londres e foge para Nova York.
No coração econômico, cultural e multiétnico da América, Malik Solanka tenta apagar o passado e aplacar fúria que parece ter tomado conta não apenas dele e da cidade, mas também do fascinante e convulsivo despertar o século XXI.
Salman Rushdie é outro escritor que ganhou vários prêmios dentro da literatura, mas não me atrai nem um pouco. Não vejo o autor como um romancista, e sim um ficcionista. O romance, que parece mais uma ficção, é permeado de críticas, de insatisfação e de contrariedades.
O autor narra os sentimentos gerados no coração de Malik Solonka ao longo de todos os seus casos conjugais, sentimentos de alegria, de amor e de ódio ao mesmo tempo. O professor é perseguido por uma fúria, que coincidente relembra o exílio do autor. Ele é um crítico ferrenho daquele produto que mais promoveu a sua independência financeira: a boneca little brain, que se tornou destaque na propaganda mundial.
Críticas também são reservadas para as religiões teocêntricas, principalmente o islã, que são fundamentalistas, tendo seus dogmas de fé baseado na autoridade divina. Segundo o autor, o homem será verdadeiramente livre, somente quando houver dissociação da igreja e estado.
Críticas também são realizadas para o exacerbado patriotismo americano, para o seu capitalismo e para a democracia, não poupando os presidentes.
Na minha concepção, o maior momento de fama do autor, foi quando foi condenado pelo aiatolá Khomeini, sendo que seu livro da época, teve um impulso muito grande de vendas.
Outro fato que tornou maçante a leitura do livro, é o excesso de citações e repetições usadas pelo autor.
 
ISBN – 85-359-0359-30
Tradução – José Rubens Siqueira
Companhia das Letras, São Paulo, 2003
310 páginas
 
 

 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 26/04/2020
Código do texto: T6929691
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