RESENHA DO LIVRO FAUSTO DE GOETHE

RESENHA DO LIVRO FAUSTO DE GOETHE

Fausto

Johann Wolfgang von Goethe

Tradução Antonio Feliciano de Castilho

Versão para eBooksBrasil.com em 2003.

W.M. Jackson Inc. Editores, 1956.

Por Angélica Reginatto Miorando

O livro Fausto de Goethe foi escrito pelo poeta alemão Johann Wolforgang Vom Goethe, que nasceu na cidade de Frankfurt em 28 de agosto de 1749. Era formado em Direito, mas sua paixão era a literatura. O estilo e gênero literário era a trama dramática, língua germânica tradicional e teve muita influência nas leituras de Shakspare. Goethe fazia muitas poesias e através de seus estudos também conseguiu descobrir sobre o intermaxilari (osso do maxilar) e elaborou teses que anteciparam a teoria darwinista. Seu estilo e gênero literário era a trama dramática língua germânica tradicional. Suas principais obras foram: Prometheus (1774); Renike raposo (1794); Os sofrimentos do Jovem Werther (1774); e Fausto (1808-1832). Viveu 82 anos e morreu em Weimar no dia 22 de março de 1832. O livro Fausto contém 402 páginas que em forma de poesias fala de sua vida desprezível, suas fases apaixonadas e suas aventuras que de certa forma envolvem o leitor com seu contexto. Esse livro pode ser encontrado nas livrarias de todo país e custa em média vinte cinco a trinta reais.

A edição traduzida e elaborada pela eBooksBrasil de Fausto de Goethe, proporciona aos leitores uma gratuita oportunidade de conhecer esta grande e renomada obra alemã que surtiu grande fama por toda Inglaterra e França além da Alemanha e outros países. O autor introduz numa peça teatral as falas de personagens sendo dramatizadas em declamações poéticas bem elaboradas numa literatura com efeitos de drama e romance. A leitura deste livro é complicada por conter falas poéticas com vocabulário culto da época, mas ao entender o que fala a peça, sua estória causa curiosidade em relação ao que acontece com os personagens, ainda mais se tratando que o personagem principal, Fausto, foi com base na lenda alemã de um médico e alquimista que supostamente teria dado sua alma ao diabo (Mefistófeles – inimigo da luz) e que teria morrido espantosamente sendo explodido com a possessão demoníaca. A obra foi separada em cenas e quadros, em se resumem a vinte e quatro partes que descrevem os locais da cena e o momento.

No quadro I – No teatro, com camarim, o poeta conversa consigo, e logo depois com outros personagens com intuito de aperfeiçoar as apresentações no teatro e como atrair o público para os fidelizar como clientela.

No quadro II – Deus nos altos céus chama o diabo Mefistófeles para conversar, e ao apontar Fausto, diz que ele é o homem que mais se mostra fiel a Ele. O diabo então ignorando, se opõe e faz aposta dizendo que o corromperia fácil e que sua alma no final seria dele. Fausto faz suas artes mágicas e invocações a espíritos até que o diabo Mefistófeles aparece respondendo seu pedido, mas pela pressa de atende-lo lhe aparece com aspecto horrível e Fausto percebe. Depois de extensas poesias o diabo sai, e Fausto continua a se reclamar de Deus com suas insatisfações, logo após, Wagner, um aluno entra em cena tentando dar ânimo falando a cerca a importância da vida, mas Fausto continua a lhe dar um longo sermão profanando das coisas relacionadas a Deus e a religião, demonstrando total desprezo.

No quadro III – Depois de mais poesias sobre a natureza, Fausto e Wagner passeiam com vista a chegar em uma pedra, e Fausto lhe fala das lembranças que teve ali sozinho, mas que nunca mais tinha voltado à pedra. Assim, aparece um cachorro preto que possivelmente tenha se perdido do dono e ao se aproximar balança o rabo e logo agrada os dois que estão caminhando.

No quadro IV – No camarim de Fausto, que ao entrar pela porta dos fundos, deixa esta meio aberta para que o cachorro entre caso ele quisesse, e depois declamar suas poesias de insatisfação, olha o cão que já tenha entrado andando desassossegado. Fausto pega a melhor almofada para o cão e pede pra que ele deite e se acalme parando de uivar. Fausto lê o trecho da Bíblia e com suas reclamações tenta querer corrigir as escrituras se reclamando de Deus. Finalmente o cão começa a se transformar em um espírito demoníaco dos infernos e com ele outros espíritos maus se atrapalham na sua transformação e saem para os corredores. O cão começa a querer voltar como tal, mas ficando inchado se esconde atrás do fogão até que incha mais e mais. De repente sai uma pessoa em formato de estudante de jornada numa névoa e se apresenta como Mefistófeles dizendo que está ali as ordens de Fausto (como sendo seu gênio da lâmpada). Fausto não aparentou medo, e em todo momento foi irônico com o diabo, e apesar de saber de sua fama de enganador e blasfemo, parece gostar da ideia lhe permitindo ficar em troca de aventuras e entretenimento com suas artes. Ambos selam este compromisso com longas poesias demoníacas até que Fausto adormece.

No quadro V – Mefistófeles que tinha saído bate na porta e pede para que Fausto fale três vezes como um ritual para que possa entrar, e então entra com trajes diferentes o convidando para passearem, e Fausto se espanta e caçoa de sua aparência. Então no camarim mesmo aparece um personagem procurando a sabedoria com Mefistófeles, onde conversam poeticamente até que terminam a conversa lendo um livro com palavras em latim e sai enquanto que aparece Fausto já trajado como solicitado pelo Mefistófeles. Fausto pergunta em que transporte que irão sair pelas terras, e Mefistófeles arruma o tapete e começam a flutuar voando.

No quadro VI – A dupla chega a uma festa diferente com criaturas (Rãs, Botafogo, Peneira, Quinhentão e outros) que estavam bebendo e se divertindo com suas conversas lesas, e ao rejeitarem a dupla, uma das criaturas se irrita com Mefistófeles mandando que todos se aproximem dele para o matar a facadas, mas Mefistófeles começa a proferir palavras de maldição e logo todos eles ficam sem sentido pegando no nariz do outro pensando ser belas uvas pra arrancarem para comer, até que voltam em si e se largam um do outro abaixando suas facas. E Mefistófeles debocha deles dizendo que ninguém pode contra o diabo com suas artimanhas.

No quadro VII – A dupla sai da festa e se direciona a uma floresta onde está a casa de uma Feiticeira e lhe pede um feitiço para dar a juventude a Fausto novamente. Fausto ao olhar no espelho pela segunda vez, como uma bola de cristal ver uma mulher bela e Mefistófeles fala que é Helena de Troia e pensam em conhece-la de perto.

No quadro VIII – Depois vendo uma bela jovem (Margarida) andando na rua, Fausto se apaixona por sua beleza querendo a acompanhar na sua caminhada, mas esta se recusa. Fausto então fala com Mefistófeles e pede pra ele dar a jovem para ele.

No quadro IX – Margarida no seu quarto limpo e humilde penteando seus cabelos começa a se lembrar de Fausto e pensa em o conhecer. Quando Margarida sai, logo a dupla entra pelas portam do fundo e olham seu quarto. Mefistófeles mostra um cofre trancado e esconde para Margarida. Quando ela volta se reclama do ambiente pesado e abafado e abre as janelas e tira sua roupa para arrumar os vestidos que por sua vez encontra o cofre cheio de joias e se alegra.

No quadro X - Depois que a mãe pegou as joias e as deu como oferta na igreja, Mefistófeles irado pela atitude da religiosidade trama outro cofre com Fausto.

No quadro XI – Margarida ao achar o segundo cofre decide esconder na vizinha onde encontra abatida sem saber do paradeiro de seu marido. As duas abrem o cofre e começam a retirar várias joias lindas e se enfeitam as escondidas, tramando em desfilar na praça com elas pois sabe que sua mãe ocupada com as orações, não irá perceber. Mefistófeles aparece batendo na porta da casa e ao entrar diz saber notícias de seu marido afirmando que morreu e que trezentas missas seria o necessário para deixar a alma dele em paz. Marta sugere que Margarida se case pois é tão jovem e bela, e Mefistófeles diz conhecer um amigo ideal para ela, assim marcam encontro.

No quadro XII – No quintal de Marta andam de braços dados, ela com Mefistófeles, e Margarida com Fausto ambos declamando poesias de amor e romance.

No quadro XV – Margarida já em seu quarto lembra dos momentos com Fausto e sussurra de amores enquanto se magoa com medo de o perder.

No quadro XVI – Margarida se encontra com Fausto no quintal de Marta e lhe pede que prometa amor eterno. Fausto diz que não é religioso pra prometer nada, mas respeita sua crença, e diz já amá-la querendo outro encontro na sua casa, e Margarida sabendo que sua mãe tem sono leve descorda, mas Fausto dá um vidro de sonífero (que na verdade é veneno dado por Mefistófeles) e diz que três gotas na bebida seria o suficiente para adormecer.

No quadro XVII – No chafariz as jovens da cidade conversa sobre uma amiga que estaria grávida, que Bárbara fez errado em se corromper da religião. E logo Margarida pensa no erro que fez e põe flores para a santa que a livre da dor.

No quadro XIX – Meia noite na rua aparece Valentim irmão de Margarida que teria voltado de sua viagem, e ao encontrar Mefistófeles com a guitarra nas costas e Fausto andando, logo Valentim se irrita com os dois e quebra a guitarra, Mefistófeles fala pra Fausto revidar, e assim, brigam com espadas até que Valentim é acertado mortalmente e a dupla sai correndo antes que a polícia aparecesse. Marta ao ouvir barulhos sai de sua casa e encontra Valentim morrendo e logo todos saem com luzes com seus gritos de socorro, Margarida ouve suas últimas palavras duras dizendo que sua reputação de prostituta tinha chegado a ele, Marta pede que a perdoe, mas Valentim ainda dando seus últimos suspiros a amaldiçoa pedindo que as mulheres parassem de chorar.

No quadro XX – O anjo mal perturba Margarida falando da morte de sua mãe envenenada, e agora seu irmão morre a fio da espada por sua causa, e pergunta se ela não queria morrer também. Margarida se queixando com essa guerra interior chama por Deus para que Ele a livre do mal, mesmo sabendo da sua sentença já decretada com a descoberta de seus pecados.

No quadro XXI Fausto e Mefistófeles caminham e voam de vassoura de noite rumo a uma montanha na região de Schirke e chegando avistam vários outros seres com feiticeiros, até que num baile já dançando com um ser avista de longe sua amada Margarida como uma visão, vendo seu sofrimento e sua dor, mas Mefistófeles diz que é miragem e Fausto insiste em salva-la, até saírem dali e voltarem para o teatro para ver a nova peça estreada. (Neste contexto com poesias de diabruras, o tradutor omitiu detalhes que acha pesado para o leitor)

No quadro XXII – No campo Fausto e Mefistófeles tramam em salvar a amada da prisão adormecendo o carcereiro para pegar a chave da cela.

No quadro XXIII – De noite, no campo do arrebalde da cidade, a dupla cavalga em cavalos pretos e ao avistarem de longe as bruxas, as ignoram continuando seu percurso.

No quadro XXIV – Fausto chega na cela de Margarida e vê ela presa nos pés e mãos e pálida de tanto sofrimento. Ele abre os ferros e conversa baixo com ela para que ela fuja, mas sem acreditar no que acontece, Margarida conta que está ali por matar sua mãe por causa de um amor traiçoeiro que fugira de sua vida, e que ainda foi condenada por matar o filho da relação, mas que ela seria inocente pois ele foi raptado. Fausto de joelhos percebe que Margarida está delirando, até que ela volta em si e percebe que é Fausto que está ali tentando salvar. Margarida confessa que matou o filho afogado e que não quer sair pois ela quer continuar sofrendo a punição devida e merecida. Nessa insistência, Mefistófeles chama Fausto pois os guardas estão acordando e já demora esta conversa. Mas Fausto insiste em sair somente com Margarida. Margarida clama por Deus, e Mefistófeles se apossa de Fausto tirando-o dali pois sua alma pertence a ele. Margarida sobe aos céus ainda chamando por Fausto (Henrique), e Fausto fica com o diabo indo ao inferno.

Uma das contribuições do livro é desenvolver a leitura e interpretação do texto a partir de declamações poéticas no lugar de falar, e mesmo não possuindo narração, o próprio leitor compreende o que acontece se colocando como o tal. Esta obra é recomendada a estudantes de literatura, tanto acadêmicos de letras ou outros leitores amantes de poesias que queiram conhecer esta obra mundialmente comentada.

Angel Angélica
Enviado por Angel Angélica em 07/04/2017
Código do texto: T5964063
Classificação de conteúdo: seguro