GESTÃO INOVADORA DA ESCOLA COM TECNOLOGIA

RESENHA

Por:

Henrique Jorge da Silva Sacramento

GESTÃO INOVADORA DA ESCOLA COM TECNOLOGIA

RESENHA: GESTÃO INOVADORA DA ESCOLA COM TECNOLOGIA

MORAN, José Manuel. Texto publicado em VIERA, Alexandre (org). Gestão educacional e tecnologia. São Paulo, Avercamp, 2003. Página 151-164.

José Manuel Moran é graduado em Filosofia pela Faculdade Nossa Senhora Medianeira, fez mestrado e doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo. Presentemente é Diretor do Centro de Educação a Distância da Universidade Anhanguera Uniderp. É catedrático de Comunicação na Universidade de São Paulo. Contém em sua trajetória acadêmica experiência na área de Comunicação e Educação, com destaque em inovações na educação presencial e a distância, com apoio das tecnologias.

SÍNTESE: As alterações suscitadas pelas reorganizações das estruturas sociais vêm aos poucos tangendo o espaço escolar, tendo como contrapartida a conjuntura dos reflexos da globalização essa por sua vez conduz-nos a repensar a tecnologia na gestão escolar, analisar programas integrados á gestão administrativo-pedagógico, globalização essa que por sua vez transporta a galope pela presença maciça das transmutações sociais, entre as quais, os formatos de organização e gestão escolar, especialmente a partir do século XXI. Esta resenha pretende indicar ideologicamente a necessidade de mudanças no contingente da gestão escolar tecnológica. Reformatando a velha postura gestacional por uma gestão cuja correspondência atenda aos anseios de um novo perfil escolar sendo o papel desta educação tecnológica uma ponte na constituição de uma escola como um lugar de cultivo e cognição de conhecimentos que consintam o incremento de competências cujo rumo natural seja a inclusão social do individuo á tecnologia.

Diante do texto de José Manuel Moram1 intitulado “Gestão inovadora da escola com tecnologia”, publicado como texto em VIERA, Alexandre (org). Gestão educacional e tecnológica. São Paulo, Avercamp, 2003. Páginas 151-164. Somos condicionados a repensar o modo como gerenciamos a educação em sua esfera pública, o autor descrever categoricamente em sua introdução adjetivalmente a realidade precária de suas infraestruturas que por sua vez são deficientes em todo seu contexto gestacional e educacional, tangendo gravemente áreas de gestão administrativa – pedagógica, bem como pedagógica, apontando ao longo de seus textos ideias que vislumbram uma pedagogia da gestão pedagógica. Moram denuncia em sua obra aqui em conta alguns dos graves problemas contemporâneos em conjuntura macro e micro educacional. Vejamos o que o a autor indica como problemáticas corriqueiras na ambiência socioeducacional. Primeiramente nos é exposto dificuldades notórias á quase todas as escolas, sejam elas públicas ou privadas, ponto este esquecido pelo autor, mas legalmente contextualizado em sua estrutura geral, esses são alguns dos problemas alçados por Moram: a precariedade da infraestrutura deficiente, agravada segundo Moram por professores (as)2 mal preparados, realidade essa indiscutível em nossa contextualidade, acrescenta-nos ainda a práxis socioeducacional presente em sua totalidade social escolar, a veracidade cada vez mais conexa a classes barulhentas, em sua grande maioria segundo nosso parecer e em concordância com Moram, classes indisciplinadas. Por sua vez o autor salienta que em cada caso há suas exceções, como por exemplo, o conhecimento da existência de alguns diretores com ábia capacidade de lidar e gestar em condições precárias, profissionais esses capazes de deparar com soluções para contornar suas dificuldades.

O texto “Gestão inovadora da escola com tecnologias”3, além de aferir as reais dificuldades notórias no universo escolar – educacional contemporâneo, por sua vez também norteia alguns pontos positivos que a nossa percepção analítica devem ser levados em consideração, como por exemplo, a habilidade perceptível de notar que em tais unidades escolares, mesmo em meio a sérios problemas há professores que de acordo com José Manuel Moram como profissionais da educação são capazes de comunicar-se com seus alunos de forma totalmente significativa, em harmonia a marcha progressiva estudantil. Foi possível notar ao ler o texto de Moram, a configuração viltada do educador ao enxergar, pontos perceptíveis de alguns pontos positivos, mesmo em meio às calamidades estruturais dos sistemas educacionais, pois o próprio não se deteve apenas a descrever o lado negativo, como é de práxis entre os críticos educacional de plantão, José M. Moran nos apresenta a presença de uma práxis gestora, cujos gestores - administradores passam a superar as limitações envoltas ao hemisfério educacional, tanto organizacionais como pessoais. Fatores esses inspiradores aos nossos desafios particulares dentro de qualquer complexo escolar. E assim, chegam a contribuir paulatinamente nas transmutações do seu conjunto como um todo.

Abrimos um espaço para questionar o porquê tais ações não fazem parte de toda extensão educacional. Quando ás enxergamos vislumbrando tais estereótipos vemos apenas em raros complexos escolares ou em privilegiados colégios e escolas tradicionalmente bem gestada em consonância com a pedagogia da gestão pedagógica contextualizada ao seu tempo. Seria apenas responsabilidade dos governos, das secretarias de educação realizar ações que possam remediar tais dificuldades no campo da educação? Ou não seria responsabilidade de um todo frente aos desafios micreducacionais contemporâneo? Antes de tentarmos responder a tais questões, lembremos que nosso sistema educacional, nosso espaço escolar, a vivencialidade de nossos alunos (as) estão todos interligados á nessa contemporaneidade coesa de uma forma ou de outra pelos fios invisíveis mais reais das tecnologias presentes na escola, podendo ser uma ferramenta na construção dos saberes e tais elementos fazem parte do dia a dia de nossa sociedade, sociedade essa á qual nosso corpo discente fazem parte.

Ao falar de tecnologia como elemento de um gestoramento alinhado ao seu espaço e tempo; José Moran nos faz lembrar que tecnologias não são precisamente as ferramentas pelas quais estamos acostumados a lavor tecnicista apenas, os mesmo apontamo-nos tais tecnologias já bem ambientada e utilizada por nós são eles: computadores, notebook, tabletes4, vídeos slades, datashows, software e internet. Ao que parecer Moram vai um pouco mais além da conceituação de tecnologia como e de costume de muitos quando orientados pelo senso comum. O autor salienta em seus escritos uma forma ampla e mais expansiva do sentido dado ao termo tecnologia, bem mais abrangente, sendo para Moran tecnologia todo e qualquer meio de apoio, como ferramentas utilizáveis para que os alunos – discentes possam aprender. Dando exemplos que tecnologias ainda que desvinculada da ideia matriz ideológica sobre tecnologia. Apontando ferramentas simples como giz, louça e uma boa comunicação ambos como sendo parte integrante de uma rede maior daquilo que estigmatizamos por tecnologia. Concordamos plenamente com a conceituação oferecida por Moran, pois o mesmo afirma serem “tecnologias os meios, os apoios, as ferramentas que utilizamos para os alunos aprenderem”. (MORAN, 2003). Em fim todos os elementos – ferramentas úteis á colaborarem para a formação educacional são tidas como elementos tecnológicos.

Nosso autor em questão acende a luz devida á compreensão ampla do que seja tecnologia. Neste interim aproveitaremos a oportunidade de tanger em alguns pontos vigentes dentro do texto aqui em foco. José Moran alude por meio de suas palavras a discursão sobre tecnologias de gestão administrativa e pedagógica principalmente através do computador e da internet (MORAN, op. cit).

Segundo José Moran é possível atuar rente á programas integrados de gestão-pedagógica. De imediato somos levados a concordar com tal alusão, visto quê de uma forma ou de outra a tecnologia sempre fez-se parte do fazer educativo. O que nos chama a atenção é forma clara e objetiva como Moran levanta apresentação do elemento em consideração. Nas palavras de Moran, fica esclarecido que “um diretor, um coordenador, tem nas tecnologias, hoje um apoio indispensável ao gerenciamento das atividades administrativas e pedagógicas.”5. A visão crítica de Moran leva-nos a entender que a presença rotineira, planejada, organizada pode ser um meio de facilitação a comunicação perante todos os participantes envolvido na conjuntura de toda comunidade escolar.

Quando no texto de Moran nos fala sobre gestão escolar há um ponto especifico que nos chama atenção, é o item referente “Gestão pedagógica”. É de comum acordo entre os estudiosos da área da educação concordam que vivemos em um mundo em transformação constante, essa transformação é fomentadas por vários atenuantes, ou seja, tais transformações frutos das variações vivenciadas pela nossa sociedade, muitas delas frutos das influências ligadas ao fenômeno sociocapitalista, capataz responsável por inúmeras mudanças no nosso meio social, onde nos dias atuais tudo decorre ao ritmo acelerado impulsionado por uma cultura de capital tecnicista e pragmatista.

5 Mhtml:/F\Gestão inovadora da escola com tecnologiamht.

Concordamos com José Moran nesse aspecto relacionados às variantes socioeducacional, em acordo com o autor faremos cituação integral do autor para depois analisarmos seus pontos centrais. Diz-nos Moran:

Nos últimos anos tem aumentado muito a quantidade e tem havido também grandes avanços na qualidade das informações disponíveis on-line para a comunidade escolar e para u público em geral. Os grandes colégios estão se transformando em verdadeiros portais de informação, com áreas dedicadas aos professores, outras aos alunos, aos pais e ao público em geral. (MORAN, 2003, mhtml:/F\Gestão inovadora da escola com tecnologiamht).

Essa nova abertura ao universo computacional e tecnológico por sua vez traz consigo muitas possibilidades nas áreas da pedagogia, metodologia e didática voltada ao ensino e aprendizagem. Moran nos adverte da necessidade cada vez maior e de grande relevância que por sua vez a unidade escolar possa vim a ser um espaço escolar em uma séria integração entre escola e comunidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Deixamos nas linhas aqui presentes uma análise crítica com a intenção de levantarmos novas discursões á cerca do valor, do uso e do espaço da tecnologia no cenário escolar. Uma vez que de uma forma ou de outra a tecnologia faz parte do cotidiano da grande maioria da nossa população, seja pelo uso comum de celulares – smarthphones cada vez mais inovadores com programas e plataformas inovadoras á cada novo modelo lançado no mercado capitalista. A forma como a sociedade captar o manuseio de tais ferramentas tecnológicas, faz-nos pensar o por quê destas tecnologias ainda não se faz de forma integral presente nas escolas, uma vez que entendemos ser a escola uma extensão socioeducativa da sociedade como um todo, tendo sua gêneses na sociedade familiar. Sociedade esta, familiar que em si em muitos casos já oferece esses mecanismos tecnológicos aos seus, como notebooks, tablets, smartphones, o uso de sites para pesquisa como Google, Wikipédia, redes sociais como Facebook, Twiter e etc. É em consonância com Moran que finalizamos nosso olhar crítico confirmando a ideia de ser possível nos dias de hoje termos uma pedagogia e gestão didática tecnológica.

Henrique Sacramento
Enviado por Henrique Sacramento em 01/10/2013
Código do texto: T4506508
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