Apreciação: Memórias Póstumas de Brás Cubas
“Memórias Póstumas de Brás Cubas nos trás uma perspectiva anti-linear, um novo modo de enxergar uma obra sem o tradicionalismo: começo, meio e fim”.
E pudera pioneiro nessa metodologia textual, Machado de Assis proporciona ao leitor um novo âmbito: uma historia narrada por um defunto que, ironicamente, descreve sua pacata vida.
Tudo começa em seu enterro, onde o próprio descreve sentimentos e aflições sentidas por aqueles [poucos] que ali estavam. Depois, começa a uma linha linear (apenas cronologicamente) onde narra seu nascimento, sua juventude luxuosa. Brás Cubas cresce num meio de riqueza, de uma família burguesa sem tradicionalismo. A “cartada” de seu pai seria educar Brás na Europa e, torná-lo deputado. Ele antes da viajem, apaixonarás por Marcela que descreve ironicamente, dando pistas que a mesma seria uma prostituta. Em alguns trechos, ele diz que Marcela o amou, mas, entrelaça esse amor ao seu dinheiro. Em sua volta ao Brasil, apaixona-se por Virgília, onde a mesma se casa com outro. Além de perder o amor, Brás perde também na política, pois Lobo Neves (esposo de Virgília) tornasse deputado. Num contexto geral, Brás Cubas não tem uma vida de conquistas. Nasce e morre rico, sem filhos, sem conquistas, sem casamento, e com “amizades” por interesses.
Machado de Assis inova no meio literário. Traz uma trama romântica, mas já com alguns traços realistas e, sem o famoso e propicio “final feliz”.