"Eu Sou A Lenda" (I Am Legend)

"Eu Sou A Lenda" (I Am Legend)

No meu inglês isso ficaria como “eu sou a legenda...”. Mas deixemos pra lá o meu inglês. Maria Olímpia tem razão quando enaltece os roteiristas de Hollywood. Num filme como esse, imagine, rola, porque as pedras tem que rolar e os diálogos idem, isto (dois pontos): um consagrado artista musical, dois dias antes de se apresentar num super-show em prol da paz mundial, tem sua casa invadida, sendo os invasores portadores de armas fogo e lhe consagram com uma tremenda indigestão de chumbo. O artista vence a morte, participa do show, e quando lhe perguntam por que de todo esse esforço de comparecer, ele responde: “aqueles que se empenham em transformar esse planeta num inferno não tiram um dia de folga. Pois eu também não.”

Desconhecia essa passagem do artista em questão e da música que o consagrou. Já valeu o aluguel. Porque em caso de DVD não é ingresso, é aluguel, mas acho que poeticamente ingresso fica mais bacana.

Gosto do Will Smith, graças à Carolina (a herdeira), assisti 3 vezes “Eu, Robô”, e na terceira descobri que ele assinava a produção.

Sei que vão me atirar pedras, mas calejado como estou em relação a isso, tanto faz como tanto fez, e assim me atrevo a dizer que em “I Am Legend” o ator deu o melhor de si.

De resto, a velha história de o mundo acabou, só sobrou eu, e antes que eu soçobre preciso me virar nos trinta. Justiça seja feita, a cambada de Hollywood não brinca em serviço quando o assunto é computação gráfica, isto, bem dito, quando eles querem e tem dinheiro para tanto. “I Am Legend” mostra Nova Iorque com a varinha de condão da computação acerca do delírio proposto. Tudo nos trinque, pra se ver.

No “King Kong – 2005”, esse fui dormir e falei pra Carol, já elvis, que nunca fui a cara dessa história, mas as primeiras cenas que mostram New York, New York numa noite dos anos 20 são de estarrecer em termos de autenticidade. Dá-lhe computador.

O que eles não acertam são nos monstrinhos, todos sobrinhos do monstrinho do “Senhor dos Anéis”, aquele que sofre de dupla personalidade. Mui parecidos nas feições. E Will Smith se vê às voltas com eles. E com outras cositas mais.

Vale realçar, numa película com poucos habitantes, a participação da sobrinha da “Dona Flor”, Alice Braga.

Francis Lawrence tinha dirigido cinema mesmo no “Constantine” com Keanu Reeves. Não assisti, sei que o diretor fez uns vídeos para a Britney Spears, mas quem acompanha a carreira do Will sabe que ele está fazendo carreira, e que apostou no taco do “estreante”. Apostou certo.

Entretenimento de boa fotografia e direção onde o ator, reafirmo, se esmerou no personagem.

Bernard Gontier
Enviado por Bernard Gontier em 18/05/2008
Reeditado em 18/10/2013
Código do texto: T995324
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