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Melancholia

Melancholia - Classificação: Drama
Ano: 2011 - vencedor da Palma de Ouro em Cannes
Direção: Lars Von Trier
Com : Kirsten Dunst ( Maria Antonieta, Entrevista com o Vampiro) , Kiefer Shutterland , John Hurt e Charlotte Gainsbourgh.



O que faríamos, se soubéssemos com certeza que o mundo vai mesmo acabar? Entraríamos em desespero, negaríamos o fato, tentaríamos fazer alguma coisa para tentar sobreviver - mesmo sabendo que seria impossível? 

Ou simplesmente faríamos a única coisa realmente sensata - aceitar nosso destino?

Melancholia é a história de duas irmãs, Justine (Kirsten Dunst) e Claire ( Charlotte Gainsbourgh), que vivem seus dramas pessoais enquanto o Planeta Melancholia aproxima-se da Terra como um prenúncio do fim. 

Além da trama muito bem costurada, que se passa de maneira leve e sem sobressaltos como nos filmes cult, o que chamou-me a atenção, além da grande beleza da fotografia, trilha sonora de Wagner (Isolda) e excelente desempenho dos atores, é a serenidade com que Justine enfrenta o possível fim do mundo.



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Enquanto isso, sua irmã Claire, casada e mãe de um menininho, angustia-se diante da possibilidade de não poder ver seu filho crescer. A família - Claire, o marido, o filho e sua irmã Justine - vive em um palácio, próximo a uma pequena vila. O marido de Claire (Shutterland), um cientista, estuda a aproximação do Planeta Melancholia, tendo previsto que após a aproximação, o mesmo recuaria, afastando-se cada vez mais, e portanto, a Terra estaria segura.

Mas não é isto o que acontece. Ao constatar o inevitável fim, ele comete suicídio.

A cena mais marcante, é quando Justine está sentada sobre um muro, e sua irmã, acompanhada do filho, tenta convencê-la a fugir para a vila. Com serenidade, Justine continua onde está, negando com a cabeça, enquanto Claire tenta fugir, mas retorna em seguida. Compreende que seria inútil.

Um drama delicado sobre o fim do mundo, sem o sensacionalismo dos filmes americanos. Uma história que nos convida a pensar e repensar nossos próprios dramas, e a render-nos àquilo que for inevitável na vida.

Um filme belíssimo!



 


Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 12/12/2012
Reeditado em 22/05/2013
Código do texto: T4032012
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