RESENHA "OS VINGADORES"

Distribuído pela Disney Pictures e filmado no Novo México (EUA), “Os Vingadores” foi dirigido e roteirizado pelo norte-americano Joss Whedon, criador também de “Buffy, a Caça-Vampiros”. O filme tem duração de 142 minutos e conta com nomes como Samuel L. Jackson, Scarlett Joahansson, Robert Downey Jr. e Chris Evans em seu elenco. Os gêneros atribuídos à película são aventura, ação e ficção científica.

Um órgão de defesa se encontra às voltas com uma ameaça vinda de um universo distante. O deus nórdico Loki deixou Asgard rumo à Terra, com o intuito de escravizar seus habitantes. Por isso, o capitão interpretado por L. Jackson precisa reunir uma equipe de herois para impedir que a ameaça nórdica concretize seus planos. Os integrantes do time dos Vingadores são o Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Capitão América (Chris Evans), Hulk (Mark Ruffalo), Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), Viúva Negra (Scarlett Joahansson) e a também divindade nórdica Thor (vivido por Chris Hemsworth). Este último deseja, além de convencer o irmão Loki a mudar seus planos, devolvê-lo para Asgard.

Os efeitos são muito bonitos. A atmosfera futurista lembra títulos como “Homens de Preto” e “Independence Day”, estabelecendo com isso o clima adequado ao filme. Uma das principais qualidades de “Os Vingadores” está na presença de heróis que encantaram a infância e a adolescência de várias gerações. Portanto, o filme é cativante não apenas por reuni-los em prol de um só objetivo, mas também graças ao ar de nostalgia inerente aos lutadores e também ao fator “crossover”, que é o encontro de diferentes personagens em uma só produção. Por fim, a trilha sonora não compromete, mas também não apresenta nenhuma canção muito envolvente.

“Os Vingadores”, além disso, não é mais uma prosaica separação entre “mocinhos” e “bandidos”. Cada um possui personalidade e motivação distintas, justificáveis de várias formas. Por exemplo, o Homem de Ferro é apresentado como um personagem irônico, picaresco e cujas intenções não vão muito além de manter seu milionário patrimônio em ordem. Essa oposição é feita pelo Capitão América, disposto a lutar principalmente para resguardar a justiça, e não para submeter-se aos próprios caprichos; Hulk, até então distante dos períodos de combate, acabou indiretamente despertado por Loki e recomeçou sua busca pelo retorno à paz.

A mitologia nórdica mesclada ao HQ produziu um resultado muito bem-vindo. De acordo com as lendas, atribui-se a Loki características como maldade, traição e desconfiança. Sua personalidade em “Os Vingadores” é marcante: há um trecho do filme em que o deus insinua que a raça humana não sabe o que fazer com a liberdade e que tem a necessidade de ser governada. Possivelmente, poderíamos interpretar como uma referência às crenças em deuses que marcam as múltiplas religiosidades experimentadas pelo homem.

“Os Vingadores” é um ótimo filme. Para quem é fã de ficção científica e de histórias mitológicas, vale a pena assisti-lo. A soma dos fatores “trama complexa” e “ação intensa” resultou em uma luxuosa produção cinematográfica.

Andre Mengo
Enviado por Andre Mengo em 11/05/2012
Código do texto: T3661695
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