"Um segredo entre nós" (Fireflies in the Garden )

"Um segredo entre nós" (Fireflies in the Garden )

Taí um filme da mesma escola do Verdes Fritos, Flores de Aço, etc. Eu disse da mesma escola e não do mesmo naipe. Tinha uns caras na minha classe que se tornaram verdadeiros astros da cultura nacional. Já este servo que vos resenha...

Dennis Lee escreveu e dirigiu, e uma coisa eu digo – quando montar uma produtora de cinema, e meus associados disserem: escolhemos Dennis Lee para dirigir, minha resposta será: escolheram bem.

Acho que este é o primeiro longa dele. Não sei se fez curta. Geralmente faz. É que nem automobilismo. São raríssimos os casos da pessoa que nunca dirigiu sentar num F1.

Qual é o segredo (tradução) dos “Vagalumes no Jardim”? Vou te dizer, pois nada impede que tenhas uma súbita vontade de ir ao toalete durante a sessão, e não vá, porque buscas aquilo que está escrito no título. Nenhum que te impeça de ir ao toalete. Será algo que irás levar para casa ou para o shopping, para a praia ou para as montanhas. Depois da sessão. Ou seja, alguma reflexão.

Dizem que o filme “é uma semi-autobiografia do escritor norte-americano Robert Frost,” O servo que vos resenha desconhece o semi-biografado autor. Embora agora conheça um pouco de sua semi-biografia. Dá até para franzir o cenho numa recepção social e falar - Robert Frost? Sim, um gênio, mas puxa, que infância triste, hein? Também, com aquele pai...

Pai = Willem Daf oe. Não sei o que aconteceu com o trajeto dele, mas acho um grande ator, e fez bonito nesse filme.

Julia Roberts = mãe, o selo de qualidade dela é impermeável, reclamam por aí que ela não participa tanto do filme, mas uma vez assistido e considerando a proposta, tudo se encaixa nos conformes.

Carrie-Anne Moss = a tia quando jovem. Atriz tudo em cima. Tem bastante sobre ela no gugol, (menos um consenso ortográfico), também conhecida como Kate Moss.

Emily Watson = a tia pós juventude. (Estrelou uma pá de coisa, Miss Potter, a exemplo)

Ryan Reynolds (bastante TV, pouco cinema), poderia ser encarado como o protagonista, talvez seja, tem apenas que considerar que a história anda no tempo, então tem ele criança, interpretado por Cayden Michael Boyd, e fez bonito igual ao pai. (Cayden trabalhou no “Sobre meninos e lobos”)

“Vagalumes...” cai redondo numa noite de semana chuvosa, ainda que não chova dentro do cinema. Nos últimos 30 anos demoliram todos os cinemas que eu freqüentei, menos esse. Reflexão obtida logo na saída. E os caras tão ralando para manter a casa aberta, você paga uma entrada e ganha mais duas.

A reflexão por conta de “Um segredo entre nós” resume-se em = família é complicado. E caso não haja uma grande baixaria, dessas que tiram pedaço, talvez valha a pena superar. Superar significa perdão. Perdão tem que ter raciocínio, não vale bater com uma panela na (própria) cabeça para esquecer o quão indelicados foram conosco. Isso para ficarmos nesses termos. O segredo é que a família enfocada se perdoou. Se eles raciocinaram ou não é outra conversa.

Bom filme.

Bernard Gontier
Enviado por Bernard Gontier em 26/11/2008
Reeditado em 16/08/2013
Código do texto: T1304849
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