Full Moon 1: o sonho de Mitsuki

FULL MOON 1: O SONHO DE MITSUKI
Miguel Carqueija

Resenha do volume 1 do mangá “Full Moon o sagashite” (À procura da lua cheia), de Arina Tanemura. Editora JBC, São Paulo-SP (2009); Editora Sueisha, Tpkyo, Japão, 2001. Tradução: Rica Sakata.

O mangá “Full Moon” pode ser considerado infantil. Basta dizer que nele aparecem “shinigamis”, figuras tétricas do folclore japonês, “deuses” ou gênios que presidem a morte e que, no mangá “Death note”, são horripilantes. Mas em “Full Moon” o casal de shinigamis, Meroko e Takuto, que procuram a menina Mitsuku Koyama, de 12 anos, para acompanhá-la (pois em princípio ela deve morrer em um ano), vestem-se com fantasias de coelhinha e de gato, com orelhas e tudo. Questionados sobre isso por Mitsuki, explicam que são da “ala pediátrica”.
Mitsuki é uma dessas meninas doces de mangás e animês shojo. Sua vocação é a música, mas vive com uma avó que a reprime. Sente falta de um menino a quem amava, o Eichi, mas este foi para os Estados Unidos e não retornou (um caso de amor precoce). Ela sofre de câncer na garganta. Os dois shinigamis têm a incumbência de vigiá-la para que não escape a seu destino, mas ela os enxerga e consegue falar com eles, o que é inusitado.
Mitsuki, com seu jeitinho, acaba convencendo Takuto a transformá-la provisoriamente numa rapariga de 16 anos, para poder entrar num concurso musical e não ser reconhecida. Ela consegue ser finalista e se lança no mundo artístico com o pseudônimo de “Full Moon”.
Muito simpático este mangá da conhecida Arina Tanemura. Esta mangaká tem a mania de espalhar recadinhos pelo volume inteiro, alguns praticamente ilegíveis por causa do tamanho das letras.

Rio de Janeiro, 30/9/2016