O LUGAR DO SENTIMENTO NA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO, B. F. SKINNER

Para muitos psicólogos e estudantes de psicologia, o papel dos sentimentos na terapia comportamental parece não ser límpido, pois ainda hoje é muito comum ouvir dos mesmos que as emoções não são consideradas pelos behavioristas, o que é de acordo com o texto um grande equívoco.

De acordo com a teoria de Skinner eu não choro porque estou triste, mas eu fico triste e choro ao mesmo tempo, por causa de certas contingências de reforçamento, logo, porque algo aconteceu. Então se busca essa causa, para poder compreender o que desencadeou a tristeza e o choro.

Na verdade a tristeza e o choro são ferramentas fundamentais, que os psicólogos behavioristas se utilizam, que são comportamentos abertos, para poderem identificar através dos mesmos, os encobertos, ou seja, a causa que antecede a tristeza e o choro, mas que nós não podemos observar, pois são comportamentos que somente o cliente/paciente sente.

Em palavras mais simples, tanto o Behaviorismo Radical como a Análise do Comportamento asseguram que os sentimentos são respostas encobertas que, apesar de não serem publicamente observáveis, são fundamentais para a compreensão do homem. E nas palavras de Skinner “como as pessoas se sentem é frequentemente tão importante quanto o que elas fazem” (SKINNER, 1989/2005, p. 13).