Henry Giroux: crítica sobre a racionalidade técnica

O texto aborda que Henry Giroux, é um dos autores que, nos Estados Unidos ajudou a desenvolver uma teorização crítica sobre currículo.

No texto percebemos que Giroux tem se preocupado cada vez mais com a problemática da cultura popular tal como se apresenta no cinema, na música e na televisão.

A crítica de Giroux esteve centrada, numa reação “as perspectivas empíricas e técnicas sobre o currículo então dominantes”. Giroux utiliza os conceitos desenvolvidos pelos autores da Escola de Frakfurt (adorno, Horkhermer, Marcuse) para atacar a racionalidade técnica e utilitária, bem como o positivismo das perspectivas dominantes sobre currículo.

O que seria essa racionalidade técnica? Seria a reprodução. Para Giroux, os interesses da classe dominante, ao estabelecer critérios para a eficiência e racionalidade burocrática, acabam apagando o caráter social e histórico do conhecimento, as teorias tradicionais sobre currículo, assim como o próprio currículo, contribuem para a reprodução das desigualdades e das injustiças sociais.

É no contexto de resistência, entretanto, que Giroux vai buscar as bases para desenvolver uma teorização crítica, mas alternativa, sobre a pedagogia e o currículo.

Giroux é amplamente influenciado, pela pesquisa do sociólogo inglês, Paul Willis, que vislumbra “que a cultura é um momento e um espaço de criação autônoma e ativa que poderia ser explorado para uma resistência mais politicamente informada”.

É através dessa possibilidade que Giroux acredita que é possível canalizar o potencial da resistência demonstrado por estudantes e professores para desenvolver uma pedagogia e um currículo que tenham um conteúdo claramente político e que seja crítico e dos arranjos sociais dominantes.

De acordo com o texto observa-se que é nessa fase, Giroux irá compreender o currículo através de conceitos de emancipação e libertação. Este acredita que só através de um processo pedagógico onde as pessoas possam ter consciência do papel de controle e dominação que as instituições exercem é que elas podem ser emancipadas e libertadas.

Esfera pública- Giroux argumenta que a escola e o currículo devem funcionar como uma “esfera pública democrática”. A escola e o currículo devem ser locais de exercer habilidades democráticas da discussão e da participação, de questionamentos dos pressupostos do senso comum da vida social.

Intelectuais transformadores- Giroux vê os professores com intelectuais transformadores, e cita que estes não podem ser vistos como técnicos ou burocratas, mas como pessoas ativamente envolvidas nas atividades da crítica e do questionamento, a serviço do processo de emancipação e libertação.

Voz- Giroux concede um papel que contesta as relações de poder através das quais essa voz tem sido, em geral, suprimida.

Portanto, pode-se observar que o currículo não é só transmissão de “fatos” como afirma o texto, este é na verdade o local onde se produzem e se criam significados sociais.

REFERÊNCIAS.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documento de Identidade: uma introdução as teorias do currículo. Belo Horizonte. Autêntica.1999