MINHA PRIMAVERA É VOCÊ
Como pétalas desfolhando
Te desnudo bem devagar
Teu corpo lindo vislumbrando
Sob um raio de luar
Da tua boca pequenina
De lábios róseos macios
Sorvo um cálido beijo
Provocando nossos cios
Tu desbotas um tanto aflitiva
Não queres meus arroubos finais
Pretendes me semear teus maneios
Lentamente ponto a ponto marginais
Embolo meu rosto em teus cabelos
Te enlaço como um buquê de flores
Vou colhendo por baixo o teu mel
Tu vibras em meus braços em ardores
Não sei me planto inteiro
Ou vou cultivando em partes
No leito fervente anseio
Regar-te com minhas artes
Sugo teus bicos rosados
Nos entremeios
Para receber os teus roçados
Já estou a um palmo e meio
Por terra eu desisto da espera
Aos urros finais infame me entrego
Tu mias bem alto em teus devaneios
Fartos caímos de lado como pregos
No fim primaveril do embate
Teu doce olor acobreado me invade
Tu queres muito de mim e me bate
Tenhas calma por favor és covarde
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 22 de setembro de 2015.
Como pétalas desfolhando
Te desnudo bem devagar
Teu corpo lindo vislumbrando
Sob um raio de luar
Da tua boca pequenina
De lábios róseos macios
Sorvo um cálido beijo
Provocando nossos cios
Tu desbotas um tanto aflitiva
Não queres meus arroubos finais
Pretendes me semear teus maneios
Lentamente ponto a ponto marginais
Embolo meu rosto em teus cabelos
Te enlaço como um buquê de flores
Vou colhendo por baixo o teu mel
Tu vibras em meus braços em ardores
Não sei me planto inteiro
Ou vou cultivando em partes
No leito fervente anseio
Regar-te com minhas artes
Sugo teus bicos rosados
Nos entremeios
Para receber os teus roçados
Já estou a um palmo e meio
Por terra eu desisto da espera
Aos urros finais infame me entrego
Tu mias bem alto em teus devaneios
Fartos caímos de lado como pregos
No fim primaveril do embate
Teu doce olor acobreado me invade
Tu queres muito de mim e me bate
Tenhas calma por favor és covarde
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 22 de setembro de 2015.