INCONSISTENCIAS.
Sabemos bem da paixão púrpura
Que fulgura estrelas em nossas mãos
E faíscam nos corpos em ebulição
Nas cintilâncias percorridas em êxtases
Sabemos bem do degelo das paixões
Escapando pelos vãos de nossos dedos
Tornando as mãos rígidas, sem vida
Pela ausência do toque incandescente
Sabemos das lágrimas em desamparo
Da indigência analgésica, inócua
Para a dor que malha em ferro ígneo
Nas noites de breu e sonhos intangíveis
Mas, sabemos da leveza do amor amante
Quando em nós se faz companheiro
E se apropria da paz viajante e dela cuida
E se faz presença, comunhão, segurança.