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ROMEIRO


 Já foi pássaro que o ninho reconstrói
foi vento que não tem direção
foi um tanto da noite, o sereno
e o vazio que traz solidão.
 
Já foi pasto que abriga o gado
e açude que vaza na seca
foi a erva daninha que chora
e foi chuva na tarde eleita.
 
Foi estrada de vários caminhos
peregrino que pesca palavras
foi à rima que vaga sozinho
foi o verso que o próprio chão ara.
 
Já foi música, foi riso, foi pranto
foi um pouco pudico e pecado
foi um louco tentando ser santo
e foi santo de punhos de aço.
 
Já foi sol e canteiro noturno
plantou flores no céu estrelado
foi à lua de campos escuros
e seresteiro do universo enflorado.
 
Foi inverno um tanto brejeiro
foi outono d’um outro passado
primavera que floresce na mente
foi verão do presente fadado.



 




JP19032013


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Interação de Regina Pessoa.
Obrigada poeta. Bjos.



Na romaria da vida
seguimos sempre adiante
a procura de guarida
antes que o frio nos açoite




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