A LINHA DO HORIZONTE

A Linha do Horizonte

Sentado sobre a linha do horizonte

Via as nuvens passarem como brumas

E as ondas do mar com suas espumas

E ao longe o verdejar do monte.

Via a lua esmaecendo com o nascer do dia

E bem longe um ninho de albatroz

Que com suas longas asas já fugia

Temeroso do homem com sua brava voz.

Então apareceu o sol, uma bola de fogo

Queimando a pele do pescador valente

Que se lançava ao mar num insano jogo

Procurando no mar peixe ou serpente.

Uma águia pairava no espaço

Qual Zaratustra a correr o mundo

Com seus olhos agudos e garras de aço

Veio ao meu ombro pousando bem fundo.

Fechei os olhos e voltei à terra

Que não dá ao homem aquilo que consome

Nem a liberdade que seu peito encerra,

E muitas vezes deixa-o morrer de fome.

Poema dedicado à poetisa cearense Fernanda Xerez.

Recomendo a leitura das obras de Júlio Brandão, Inês Nery,

Facuri, Eliete Macedo e Edna Pessoa.

Agradeço a interação da poetisa FERNANDA XEREZ.

A lém da linha do horizonte

L á por detrás daquele monte

I maginava um sonho de amor

N aquela tarde em flor

H ortênsia em profusão

A limentando a ilusão

D e encontrar o amado

O sonho acalantado

H oras vividas em esperas

O surgir da primavera

R osas espalhadas no chão

I nvadindo toda a campina

Z elosa , aquela menina

O seu amor aguardava

N o íntimo esperava

T inha no peito a esperança

E sonhava feito uma criança.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 01/09/2012
Reeditado em 31/01/2013
Código do texto: T3860161
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