A LINHA DO HORIZONTE
A Linha do Horizonte
Sentado sobre a linha do horizonte
Via as nuvens passarem como brumas
E as ondas do mar com suas espumas
E ao longe o verdejar do monte.
Via a lua esmaecendo com o nascer do dia
E bem longe um ninho de albatroz
Que com suas longas asas já fugia
Temeroso do homem com sua brava voz.
Então apareceu o sol, uma bola de fogo
Queimando a pele do pescador valente
Que se lançava ao mar num insano jogo
Procurando no mar peixe ou serpente.
Uma águia pairava no espaço
Qual Zaratustra a correr o mundo
Com seus olhos agudos e garras de aço
Veio ao meu ombro pousando bem fundo.
Fechei os olhos e voltei à terra
Que não dá ao homem aquilo que consome
Nem a liberdade que seu peito encerra,
E muitas vezes deixa-o morrer de fome.
Poema dedicado à poetisa cearense Fernanda Xerez.
Recomendo a leitura das obras de Júlio Brandão, Inês Nery,
Facuri, Eliete Macedo e Edna Pessoa.
Agradeço a interação da poetisa FERNANDA XEREZ.
A lém da linha do horizonte
L á por detrás daquele monte
I maginava um sonho de amor
N aquela tarde em flor
H ortênsia em profusão
A limentando a ilusão
D e encontrar o amado
O sonho acalantado
H oras vividas em esperas
O surgir da primavera
R osas espalhadas no chão
I nvadindo toda a campina
Z elosa , aquela menina
O seu amor aguardava
N o íntimo esperava
T inha no peito a esperança
E sonhava feito uma criança.