SONETO DA SAUDADE

Palavras tristonhas, da alma são derramadas,
Nas margens, paisagens litorâneas, imensidade,
Aves, nuvens, brisa, sol, ondas agitadas,
Testemunham o descompor de uma saudade.

Uma gaivota me contempla solidarizada,
Parece compreender as minhas necessidades,
Se inquieta, agita as asas esbranquiçadas,
Me oferece um voo de exultação à liberdade.

Vá gaivota! atravesse o lençol azul do mar,
Encontre, diga ao meu amor do sentimento,
Que me acompanha - amanha - ganha lugar.


Vá amiga! diga dos anseios que eu enfrento,
Que espero... sonho com a ternura do seu olhar,
Que chamo, reclamo seu cheiro, seu encantamento.


- - - - - - - - - - - -

Voa bem ligeiro gaivota
Manda mensagem para meu amor
Esta saudade quase me mata
Pois esta me causando muita dor


(Regina Pessoa)


- - - - - - - - - - - -

Vou soltar ao vento
Um poema de amor
Vai nele meu lamento
E também a minha dor..


(Ana Flor do Lácio)