MANTO DO AMOR
(Sócrates Di Lima)
Cubra-me com o manto do amor,
Que sob o véu vermelho,
Encontro o teu corpo em fulgor,
Da nossa imagem queimando no espelho.
Cubra-me na volúpia do desejo maior,
Que sob o ápice da vontade humana,
Me entrego de corpo e alma, ainda, melhor,
Numa entrega inteira e intensamente insana.
Vem a mim com teu vermelho manto,
E sob ele teu corpo dourado,
Te entrego meu querer infinito e santo,
Que somente tu o tem do jeito mais tresloucado.
Vem a mim com teu manto do sangue cor,
Correr sem parar nas veias minhas,
Como a pele que cobre o meu corpo sem pudor,
No amor intenso da minha veínha.
Há que abrir o céu em largas frestas,
Como um terromoto abre o corpo da terra,
E neste teu coração em festas,
Sentir correr meu sangue sem que nunca se encerra.
Como meu sopro, um sopro de uma vontade louca,
No bafo quente da minha alma em êxtase,
Trazido pelas minha vulcânica boca,
Correndo em lavas borbulhantes do amor em crase.
Deixo minhas folhas verdes se desfolhar,
Minhas folhas secas se recompor,
O rio que corta os veios do meu amar,
Carregado pelos ventos do meu amor.
Chega-te a mim na tua insanal querência,
Tomar-me por completo, minha Basilissa amada,
Cobrir-me com o manto vermelho da tua transparência,
E sob ele, descarregar os vícios da nossa estrada.
26/02/2012 16:34 - Basilissa
manto do amor que traz consigo toda nossa querencia , todo nosso desejo em experiência , traz a loucura e toda nossa insana ardência.