Encantada*
Encantas-me quando não estás e te percebo na ausência partilhada.
Quando te calas e me perco no teu listrado multicolor silêncio.
Parece-me que tuas palavras não pronunciadas trespassam o sideral e florescem em mim.
Na vastidão desse líbero pensar te encontro, emergido do tudo e do nada, em estelares não ditas palavras.
Encantas-me quando estás ausente de mim e te busco nas sacrossantas águas cristalinas de minhas lágrimas.
E te sinto, num litúrgico instante, no transcurso da floração, da florada janela peregrina do meu pensar.
E te sonho na ilimitada furiosa sombra do meu querer te querer...de descabidos e incoerentes sonhos, mas tão meus...tão ardentes e presentes.
Deixa-me que te sussurre... encantas-me se estás ou não.
Simples como o branco de uma virgem folha de papel, claro como o acender de uma lamparina.
És como o dia, como a noite, caladas, desmedidas ou consteladas.
Tua não presença está aqui, longínqua como uma estrela fulgurante.
Encantas-me, porém, sobremaneira quando aqui estás, em negrito nas entrelinhas.
Presente e tangível como o suave roçar da ponta do meu dedo na derme aveludada do sentimento.
Um olhar então, um sorriso, uma palavra me tomam, me enlevam, me envolvem, me acarinham, me bastam.
E, encantada confesso, com perfumada boca e em suavíssimo sopro: sou encantada por ti, mesmo que meu desvario desvairado, a mim ou a ti, pareça. ENCANTADA
KARINNA*
Encantas-me quando não estás e te percebo na ausência partilhada.
Quando te calas e me perco no teu listrado multicolor silêncio.
Parece-me que tuas palavras não pronunciadas trespassam o sideral e florescem em mim.
Na vastidão desse líbero pensar te encontro, emergido do tudo e do nada, em estelares não ditas palavras.
Encantas-me quando estás ausente de mim e te busco nas sacrossantas águas cristalinas de minhas lágrimas.
E te sinto, num litúrgico instante, no transcurso da floração, da florada janela peregrina do meu pensar.
E te sonho na ilimitada furiosa sombra do meu querer te querer...de descabidos e incoerentes sonhos, mas tão meus...tão ardentes e presentes.
Deixa-me que te sussurre... encantas-me se estás ou não.
Simples como o branco de uma virgem folha de papel, claro como o acender de uma lamparina.
És como o dia, como a noite, caladas, desmedidas ou consteladas.
Tua não presença está aqui, longínqua como uma estrela fulgurante.
Encantas-me, porém, sobremaneira quando aqui estás, em negrito nas entrelinhas.
Presente e tangível como o suave roçar da ponta do meu dedo na derme aveludada do sentimento.
Um olhar então, um sorriso, uma palavra me tomam, me enlevam, me envolvem, me acarinham, me bastam.
E, encantada confesso, com perfumada boca e em suavíssimo sopro: sou encantada por ti, mesmo que meu desvario desvairado, a mim ou a ti, pareça. ENCANTADA
KARINNA*