POESIA – Drama das secas
POESIA – Drama das secas – 03.01.2011
Das mãos cansadas deste lavrador
Surgem os bens minguados de seu sangue
Da terra cultivada com amor
Mas é lesado pela ação da gangue
Que o rouba sem temor baixando o preço
Por vezes falta chuva vem o sol
Frustrando suas safras, um tropeço
Na fogueira de todo esse arrebol
O débito no banco vai crescer
Famílias inteiras vão-se embora
Apoios não lhes dão nessa triste hora
Por estradas longínquas a perder
Tomam destino ao sul, sem mais demora
Em busca do sustento, o que comer
Em construção
Foto: INTERNET.
Publico a interação de Miguel Jacó com muito gosto:
Recanto das Letras para mim
Mostrar detalhes 13h43min (1 hora atrás)
06/01/11 14h43min - Miguel Jacó
Iludidos na fé de melhor vida,
Estes homens se abalam sul a dentro,
Na verdade só aumentam o sofrimento,
Porque tornarem-se de repente forasteiros,
Cada um vai cuidar dos seus primeiro,
Pra depois atender os desprovidos,
É assim o que tenho assistido,
Nestas bandas do sudeste onde moro,
Pra decência deste povo falta quorum,
Nos abutres que manobram o poder,
Precisamos novamente aprender,
A botar rédeas nestes animais,
A cada dia eles se aparelham mais,
Pra roubar o dinheiro da pobreza,
E transformam tudo isto em cervejas,
Degustadas ao relento a beira mar,
E o pobre que continue a se lascar,
Pra quem sabe um dia aprender a votar.//
Boa tarde Mestre Ansilgus, cada homem vem a esta vida com uma missão,
e a do sertaneja é ser bode expiatório de homens corruptos em todas as
esferas do poder,
Começa pelos coronéis e finda nos palácios governamentais.
Um grande abraço.
MJ.
07/01/2011 10h43min - Alcir Andrade:
Poesia profunda, de quem parece conhecer bem a realidade de nosso povo, as pessoas conhecem o Nordeste das capitais do litoral, Recife, Salvador, Fortaleza, Natal... Mas não conhecem a dura realidade do lavrador, que por muitas vezes perde sua colheita pela falta de chuva e sofrem também com os preços da sua produção que abaixam repentinamente para satisfazer aos lucros do vendedor. Um ótimo fim de semana, DEUS abençoe nosso povo. Abraços.
Para o texto: POESIA - Drama das secas (T2712684)