Nesse domingo – acabou agorinha – pudemos ver o debate entre os candidatos à presidência da República, através da Rede Record de Televisão. Participaram os candidatos Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), Marina Silva (PV), José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).

            Como sempre, um debate sem qualquer vibração, e pouco se tocou nos reais problemas de nossa pátria. Sempre o mesmo ramerrão: Saúde, Segurança e Educação, continuam sendo o alvo principal deles, eis que são assuntos que abarcam quase a totalidade da população brasileira.

            O que mais se pode notar é a desenvoltura da Marina, todavia em valorizar o governo do Lula, porquanto discorda de pouca coisa, leva com a barriga as perguntas e sempre vem com aquela frase já decorada, como por exemplo, o desenvolvimento sustentado, e acho que ela nem sabe o que é isso, pois no Brasil o crescimento é garantido (sustentado), porém pelos pobres, que estão sujeitos a salários miseráveis (o mínimo) e àquela Bolsa Família, pelos que pagam impostos e pela péssima distribuição de renda. Fez apenas uma pergunta meio embaraçosa para sua ex-colega de partido, mas sem grandes consequências.

            Cheguei a uma conclusão e ainda não entendi o porquê de a Marina atualmente ser senadora pelo Acre, seu mandato expira em janeiro do ano que vem, e ela abdicou de se candidatar à reeleição ou mesmo a deputada federal ou até quem sabe a governadora do seu Estado, mesmo sabendo da impossibilidade de ser eleita para o mais alto cargo da República.

            Pelo que se sabe, e creio que seja verdade, ela não fez riqueza à frente do Ministério do Meio-ambiente, nem com os proventos e demais mordomias de senadora. Mas como será que vai se manter depois das eleições? Será que há alguma promessa de algum cargo ou de outro benefício qualquer por parte dos que vão ganhar o pleito?! Voltaria a ser ministra de um governo que vai ser comandado pelo metalúrgico, ou já teria direito a aposentadoria pelos oito anos de mandato!

            Só me vem uma conclusão: Talvez ela tenha sido incentivada a concorrer ao mandato presidencial, a fim de atrapalhar a candidatura do Serra, pois não tira votos da Dilma e sim do tucano. E com essa ajuda que ela dá ao governo, somada àquela do Fernando Henrique Cardoso, em entrevista a um jornal da Inglaterra, há quinze dias, quando disse que já sabia quem iria ganhar as eleições (a Dilma), fica bastante claro, cristalino, que não há como a guerrilheira deixar de ser a vitoriosa no pleito próximo, em 03 de outubro. Aliás, o semblante do candidato tucano, embora tenha mantido a calma, dava ampla sensação de que já sabia de tudo, que experimentaria a segunda derrota para o Lulismo, que é um grave perigo para o futuro deste país.

            Não vou perder tempo aqui em falar do Plínio, que não ganhará de maneira alguma, embora pareça ser o que mais agrada nas horas dos debates; a sua plataforma política para governar o país, se eleito, nos levaria a uma revolução, a uma ditadura do proletariado, que é, no íntimo, a vontade dos comunistas.

            A Dilma, por seu turno, decorou todos os discursos, que são iguais, e fala sempre as mesmas coisas, não o que ela fez, mas o que Lula fizera, até porque não fizeram nada que não fosse copiar a política deixada pelo FHC, notadamente na área econômica. Uma declaração me deixou pasmo, qual seja a de que o governo tirou trinta milhões de brasileiros da pobreza, colocando-os na classe média. Será que estão considerando que o programa “bolsa-família” conseguiu fazer esse milagre? Que cara de pau, minha gente! O que sinto, na pele, é que estou passando da classe média para a pobre, pois meus aumentos não chegam sequer perto do percentual do salário-mínimo.

            Pois é isso. Como o Serra poderia competir com dois cabos eleitorais tão expressivos em favor da Dilma (FHC e Marina)? Alguém teria uma resposta? Mas aí acrescentando o apoio do nosso soberano presidente, são favas contadas para a eternidade, e o país nunca terá mudança no quadro político brasileiro, eis que a proposta do PT é de governar de maneira permanente, parecida até com a do Hugo Chávez, da Venezuela.

            Sabe esse assunto já está enchendo os culhões... Vou ficando por aqui na certeza de que o meu voto não vale uma lapada de cana...

Meu abraço.

Sem revisão de texto.

Acosto à crônica os comentários da poetisa Celêdian Assis, a quem agradeço:

27/09/2010 20h44min - Celêdian Assis.

Sabe, assisti ao debate e pensei na hora, o Ansilgus deve estar assistindo e já bolando sua nova crônica e desta vez ele nem vai ter muito que comentar, pois foi a mesmice de sempre dos candidatos, com ligeira mudança de estratégia de Marina, um pouco menos focada nas questões só do meio ambiente. Quanto à declaração de FHC ao jornal Financial Time, penso que ele disse o que todos nós já sabemos, a petista infelizmente vai levar esta, mas ele acrescentou que: "isto vai fazer com que o Brasil se desenvolva mais lentamente." Mas gostei mesmo foi que ele disse sobre o Lula: "A oposição entendeu errado. Permitimos a mitificação do lula, mas o lula não é um revolucionário (...) comporta-se como se fizesse parte da velha elite conservadora." e completou que fez ele (FHC) fez as reformas necessárias para o país e que lula só "surfou na onda". Observação: a inicial minúscula em certo nome próprio não é mera distração minha, é descaso mesmo. Ótima crônica, meu amigo. Um grande abraço.

Para o texto: CRÔNICA - Eleições 2010 – Debate – Os maiores cabos eleitorais da Dilma (T2522550)

02/10/2010 17h09min - Mada Cosenza:

Mas que coisa, pensamos exatamente iguais, pra mim de verdade, Marina nunca deixou o PT, mais uma cabra mandada e Dilma nem se fala, por isso amigo poeta, meu voto é de cabo a rabo para o PSDB, pelo menos os meus candidatos eu sei que trabalham e o Serra foi grande na saúde, o palhaço Lula na verdade só governa pq FHC deixou o país pra qualquer um governar, queiram ou não aceitar isso. PT é uma raça de víbora, isso sim, bando de vagabundos. Aproveitar falar agora pq dependendo da situação de amanhã, nem nós poderemos mais desabafar, rss e VIVA A DEMOCRACIA. Deus permita que ganhe quem gosta de trabalhar. Abraço carinhoso.

Para o texto: CRÔNICAS - Eleições 2010 – Debate – Os maiores cabos eleitorais da Dilma (T2522550)