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          Apresentação

          Não obstante o elogioso (e frívolo) prefácio de um consagrado literato, a história ostenta um festival de banalidades, lugares-comuns, frases e situações tolas, previsíveis e redundantes.


          Praticou o autor a pior das literaturas: a melodramática, rósea e rasa, só boas intenções. Altamente imbecilizante, pois.
          Em suma, uma lixeira repleta.

          (Que ninguém se ofenda: lixo pressupõe, exige reciclagem: a primeira escritura, quase toda imprestável, vai se enriquecendo com o tratamento (releitura/reescrita) posterior).


          Entendemos que um livro sobre alguém importante deveria ocupar todo o espaço com metáforas oníricas, à altura de um verdadeiro louvor, e não este banal equívoco.


          Imperdoável a superficialidade do apresentador e do narrador.
          Um prefácio amador, uma novela amadora, uma editora profissional. Perfeito, não? - Não, pois não contaram com os leitores, que não são amadores.  Nem burros.  Nem néscios.



          Capa e ilustrações

          Simples, eficazes, convincentes, singelas; poderiam todavia ser bem melhores, mais elaboradas...  Nota-se, não obstante, o honesto esforço do artista para pautar seus desenhos pela temática e, ao mesmo tempo, fugir à mediocridade do texto...



          Como nasce um livro pífio

          O autor rabiscou algumas ligeiras e rudimentares notas, almejando a um futuro desenvolvimento.  Só que preferiu apresentar esse infame projeto de livro à editora, que contatou um consagradíssimo escritor que, solícito, fez o jogo sujo da editora, escrevendo o prefácio.  Todos incorreram em patifaria máxima.  O público há de desaprovar, unânime, tamanha “marmelada” literária!


          Abundam os verbos ser, estar, ter, fazer, dar, vir e ir - obrigatoriamente presentes em péssimas narrativas, onde as salutares releituras passam bem longe.

          Avaras as palavras portadoras de acordes inspirados.  

  

          Estrutura da narrativa

          Desenvolve-se usualmente, ao modo de um romance.



          Revisão
          
Ora, direis: “Então a revisão fracassou!”

          E vos diremos, no entanto, que não: operaram os revisores  nos justos limites de suas atribuições.  Não reinventaram emendaram ou acrescentaram nada.  Logo o equívoco (deixai passar o eufemismo) foi do autor mesmo...



          
Perguntar ofende?

          Vivemos sem dúvida numa democracia.  Entretanto...
          Por quê não se proíbem apresentações, contracapas e histórias farsantes como esta?!

Jô do Recanto das Letras
Enviado por Jô do Recanto das Letras em 15/07/2010
Reeditado em 20/08/2010
Código do texto: T2378231
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