SERÁ QUE ELE É?
Você não venha contar
Essa história inventada
Pois a velha, engravidar,
Nem com reza encomendada.
E o Imposto de Renda
Há muito que acabou.
A receita, da Fazenda,
Cobra a quem não entregou.
A minha visão também,
Não anda lá uma beleza.
Ora vai e outra vem
São coisas da natureza.
Quando chega a idade
Não adianta lamentar.
O homem sente saudade
Quando podia “levantar”.
O bicho então fica preso
Nas lembranças de um passado.
Vê u’a foto, fica teso,
Porém, não recuperado.
Já vieram me contar
O motivo do sumiço.
Com o Airam foi pescar
Mas não levou o caniço.
Tentando lançar a rede
Você quase se afogou
Mas matou toda a sede
Com a água que tomou!
Se não fosse o Airam,
Por perto, pra lhe ajudar.
Nem hoje, nem amanhã,
Viria nos visitar.
Agora vê se não some
Deste recanto, outra vez!
A saudade nos consome
No sexteto... tem só três!
(Milla Pereira)
AMIGOS QUE CHEGAM
PARA DESVENDAR O MISTÉRIO
DO SUMIÇO!
O Pedrinho é mentiroso,
não dá para acreditar,
pois fala todo vaidoso,
que tá bom pra engravidar.
Esquece que nós sabemos,
de todas limitações,
que a idade vem trazendo,
dos pés,vistas e pulmões
(ops).
Li na sala da Claraluna,
O desenrolar do processo,
Talvez até haja excesso,
No rigor daquela tribuna...
Considerando-se a saudade,
Por culpa dos inquiridos,
Por tanto tempo sumidos,
Necessitou-se autoridade...
Graças a Deus foi só susto,
E no nosso convívio, estão...
Por adorarmos estes cristãos,
Sumirem, não se faz justo..
Quem sou pra discordar
Da querida Milla Pereira
Mas, a velha foi me agarrar
Atrás de uma bananeira
De gêmeos ela engravidou
Muito preocupado me deixou
Aproveitou da minha cegueira!
Pescando com Airam Ribeiro
Que também anda sumido
Num bote o dia inteiro
Com um caniço comprido
Nenhum peixe foi pescado
Quase que fico mutilado
Com um pacu enfurecido.
Entre mortos e feridos
Todos nós nos salvamos
Estamos entre os queridos
A quem muito admiramos
Airam lá na sua casinha
Eu aqui com uma gostosinha
Quero ver até onde vamos!!!
Rsrsrsr.... Brigado, Milla Pereira,
minha flor de cerejeira.
Te adoro. Bjs do amigo capixaba.
NOTÍCIA DO JORNAL!
(gazetaonline.globo.com/jornalagazeta/VilaVelha)
P.G, 58 anos, mais conhecido
como poeta BOTO,
capixaba, foi preso em Vila Velha
porque bateu na sogra.
Até aí, mais um crime horrível
contra a mulher,
mas o hilário disso tudo
é que, na delegacia, o homem alegou
tratar-se de um engano,
pois como o bairro estava sem luz,
ele pensou que a sogra fosse sua esposa,
aí a "razão" de acertar a velha.
O homem foi preso,
porque independente de sogra
ou esposa,
agressão à mulher é crime!
SUMIÇO DU BOTO
(Mirah)
Passei puraqui pra vim lhis contá
Notícia ispaiô, iguar vendavá
O tar puetêru i amigu quiridu
Tá nu cadeião, iguar um bandidu.
U casu ocorreu, gerô cunfusão
Brigô cua muié, tirô u facão
A luiz apagô, duranti u ucorridu
Bateu na sua sogra cuns tapa nu vidu.
Pur sê meu amigu fiquei inté cum dó
U Boto isprimidu lá nu Xilindró
Rumei divogádu pra eli sortá
Nunqué mai saí, gostô du lugá.
Fui lá pessoarmente tentá cunsertá
Falá quarqué coisa pra ele sortá,
U tar pueteru, um tantu atrevidu
Falô: daqui eu num saio
- já tenhu MARIDU.