INVISIBILIDADE
Um gato preto,
cego e sem jeito
andando, quieto, na rua escura.
Seria dia, ou noite pura?
Quem lhe diria?
Ninguém sabia.
Ninguém sabia, sequer, que existia
um gato preto, cego e sem jeito,
andando, quieto,
na noite escura.
. . .
Um gato preto cego de um olho
No beco escuro a caminhar
Uma porta encontra sem o ferrôlho
E uma lamparina a iluminar
O gato preto não titubeia
Entra na sala dá uma volta e meia
Sua existência quer revelar...
Hull de La Fuente