A propósito do aborto

 

A mídia faz tanta confusão em torno desse assunto espinhoso que de vez em quando é útil lembrar pontos importantes e que costumam ser esquecidos. Vejamos:

1) Homem também faz aborto. Não faz nele é claro, pois não engravida, mas faz na mulher. E muitas vezes a gestante é induzida, pressionada, coagida para abortar até com violência física. Tem homem que faz aborto a pontapé. Aliás no romance "O poderoso chefão", de Mario Puzzo, um sujeito ameaça a esposa grávida de fazer exatamente isso (não recomendo esse livro, é sórdido).

2) Em geral a gestante não aborta sozinha. Se for verificar tem um monte de gente envolvida, desde parentes, amigos que aconselham mal, e quem financia, até a equipe médica. É provável que a maior parte das pessoas envolvidas seja do sexo masculino.

3) Aborto é coisa de machistas. Se for legalizado os machistas deitam e rolam, pois ficam livres de responsabilidade pelas suas libertinagens.

4) Qualquer defensor do feticidio já nasceu, mas aceitaria o seu próprio abortamento?

5) A maioria das mulheres é pela vida e contra o aborto. Muitas atuam em movimentos pró-vida.

6) Aborto é basicamente uma questão de Direito. Não sendo o direito à vida adquirido como nos direitos trabalhistas, é congenial. Negar esse direito ao nascituro equivale a condenar toda a humanidade à morte.

7) A maior parte das vítimas fatais do aborto são mulheres, tendo em vista que em países do Oriente como China e Índia, e em menor escala no Ocidente, pratica-se o aborto seletivo de meninas. Então como falar que aborto é "direito da mulher"? Só se for o direito que as mulheres têm de ser exterminadas.

8) Pouco se fala na síndrome pós aborto, mas a mulher que aborta voluntariamente (afora é claro o dano espiritual) pode estar desgraçando a sua vida porque as sequelas físicas e psicológicas são terríveis.

9) Abortar é assassinar um bebê. Isso foi reconhecido pelo médico que ficou conhecido como o Rei do Aborto nos Estados Unidos, Dr. Bernard Nathanson, quando ele resolveu estudar Embriologia. Entendendo enfim que os nascituros são seres humanos, ele abandonou aquela nefanda atividade, que passou a denunciar.

10) A gravidez por estupro não justifica o aborto, pois continua sendo a matança de um bebê inocente. É mais justo, mais decente, a pena de morte para estupradores, ou pelo menos a pena de castração cirúrgica.

 

 

Imagem (de "O Fiel Católico"): Santa Gianna Beretta Molla (1922-1962), médica pediatra italiana, esposa e mãe, gerou quatro filhos. Na última gravidez (de Gianna Emanuella) surgiu um fibroma no útero e ela foi aconselhada a abortar mas recusou terminantemente, declarando que o direito da criança era igual ao da mãe. Falecida em consequência do parto, foi reconhecida como santa pela Igreja Católica. O Papa Francisco encontrou pessoalmente com Gianna Emanuella, a filha pela qual a Dra. Gianna deu sua vida.